16.3.13

Paixão social


Às vezes, sinto assim, dentro de mim, um comichãozinho, uma curiosidade que vem não sei d'onde. Sinto vontade de saber o que e como as pessoas pensam e sentem. E em alguns casos tenho a necessidade de entender o porquê.
É uma sensação um pouco esquisita, confesso. Mas não desconfortável.

Hoje, o que quis saber é o que as gentes pensam (especialmente as mulheres), realmente, sobre relacionamentos. Sobre paixões e amores. Mas não quero saber o que elas imaginam ter certeza sobre o assunto. Me interessa o que está no subconsciente. Pode ser apenas uma impressão enganada, mas estou pensando que andam pouco preocupadas em estar com alguém porque realmente gostam. Parecem preocupadas apenas em ter. Há no ambiente uma coisa assim de "você precisa estar com alguém" que não me cabe na cabeça.
É socialmente confortável? É agradável ter uma pessoa à sua espera quando precisa compartilhar a promoção do trabalho ou a depressão do exame na universidade? É bacana mostrar pra galera que não está sozinha? Legal desfilar sua aliança prateada pelos bares da avenida principal dos jovens animados?
E quando não estão nessa fase de arco-íris e coraçõezinhos, ficam desgostosas, murchinhas, molenguinhas, reclamonas, consumistas, gulosas, revoltadas, poetas, cantoras, melancólicas, tadinhas...
Talvez não seja apenas uma tendência atual, e sim uma observação que só agora sou capaz de fazer. Mas, até onde procuram parceria pra si só? Onde começa a busca por um manequim a ser exposto nas vitrines da vida?

Em azul, como os telejornais, que procuram afastamento do tema discutido, questiono o que elas pensam. Se bem que não há necessidade. Sempre estive um tanto distante disso, causando até certo estranhamento. Mas gosto. Fica mais fácil dar uma de analista.


Playlist pra acompanhar:

2 comentários:

Unknown disse...

Eu tenho dó de quem diz que ama a cada semana uma pessoa diferente. Pra mim, puro status, quem ama de verdade não esbanja.

Joy disse...

Dependendo da "função" da companhia, quanto mais tempo, pior.