Mamãe me arranjou um sogro

Como nas histórias do século XIX, Anne era de uma família tradiocionalíssima, onde as coisas aconteciam extremamente fundamentadas na economia, incluindo casamentos por dotes.
A história ficaria muito longa se eu fosse contar no mínimos detalhes, tudo o que acontecia. Em resumo, ela tinha só 9 anos quando perdeu o pai. À partir daí passou a viver envolta em flores, vestidos da moda, sempre bem penteada e silenciosa. E antes ela era apenas mais uma moleca se divertindo na rua.
Aos 15 anos conheceu seu primeiro amor de adolescente. Tímida demais pra brigar com a mãe, puxar papo com desconhecidos, ir à festas e se divertir sozinha, sempre aceitou de cabeça baixa. Mas como dizem; quem tem boca vai à Roma. Ela não foi.
Sua mãe tomara o cargo do pai na presidência da empresa, visava lucro e novos clientes, cada vez mais dinheiro.
Desiludida da vida, ela apenas estudava. Fazia curso de inglês não por gostar. A mãe sentia necessidade. Não frequentava aulas de pintura ou de educação física. Desnecessário.
Aos 22 anos acabou a faculdade. E se casou.
Mas ao contrário dos contos de fada. Não foi feliz para sempre. Casou mas não amou.