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16.3.13

Paixão social


Às vezes, sinto assim, dentro de mim, um comichãozinho, uma curiosidade que vem não sei d'onde. Sinto vontade de saber o que e como as pessoas pensam e sentem. E em alguns casos tenho a necessidade de entender o porquê.
É uma sensação um pouco esquisita, confesso. Mas não desconfortável.

Hoje, o que quis saber é o que as gentes pensam (especialmente as mulheres), realmente, sobre relacionamentos. Sobre paixões e amores. Mas não quero saber o que elas imaginam ter certeza sobre o assunto. Me interessa o que está no subconsciente. Pode ser apenas uma impressão enganada, mas estou pensando que andam pouco preocupadas em estar com alguém porque realmente gostam. Parecem preocupadas apenas em ter. Há no ambiente uma coisa assim de "você precisa estar com alguém" que não me cabe na cabeça.
É socialmente confortável? É agradável ter uma pessoa à sua espera quando precisa compartilhar a promoção do trabalho ou a depressão do exame na universidade? É bacana mostrar pra galera que não está sozinha? Legal desfilar sua aliança prateada pelos bares da avenida principal dos jovens animados?
E quando não estão nessa fase de arco-íris e coraçõezinhos, ficam desgostosas, murchinhas, molenguinhas, reclamonas, consumistas, gulosas, revoltadas, poetas, cantoras, melancólicas, tadinhas...
Talvez não seja apenas uma tendência atual, e sim uma observação que só agora sou capaz de fazer. Mas, até onde procuram parceria pra si só? Onde começa a busca por um manequim a ser exposto nas vitrines da vida?

Em azul, como os telejornais, que procuram afastamento do tema discutido, questiono o que elas pensam. Se bem que não há necessidade. Sempre estive um tanto distante disso, causando até certo estranhamento. Mas gosto. Fica mais fácil dar uma de analista.


Playlist pra acompanhar:

13.9.11

De onde vêm as experiências evolutivas?


"A felicidade bestializa. Só o sofrimento humaniza as pessoas."



Certo estava Mário Quintana quando fazia a afirmação acima. O ser humano, por si só, não nasce humanizado. Nasce inocente, mas não humano. A cada experiência que passa evolui um grau e aprende a necessidade de se tornar um verdadeiro ser mais que humano, um ser humanizado.Numa hipótese, imaginemos uma pessoa que nasce em meio a muito sofrimento. Desde cedo ela já aprende a sofre. Cresce humanizando-se.Poderia alguém com todas as felicidades ser considerado mais humano do que alguém que sofre? Mais diretamente: alguém mais bem visto pela sociedade porque é aparentemente feliz é alguém melhor do quem é apenas um pobre sofredor? A nossa sociedade de "seres humanos" parece não pensar que sim.Pois bem, aqueles que cresce sofrendo muito e quase sempre são tratados pela sociedade como não sendo mais seres humanos, podem ser muito mais humanos do que muitas pessoas que não sofrem.Me entende? Não? E eu também não tenho certeza que sim...

14.3.11

Depois de Orgulho e Preconceito



Sinto e nem sei mais o que. As únicas certezas que eu tenho são das lágrimas frias em meu rosto, do cansaço das minhas pernas depois de atravessar os campos para te alcançar e da barra do meu vestido suja de lama.
Sinto ou penso? Está certo quem diz que sentimento é pensamento? Pois se está, isso por uma fração de segundo me alegra, por ter a fina linha de esperança de que posso mudar meus pensamentos.
Penso? Será mesmo que meus neurônios já tão perturbados estão em condições de identificar alguma coisa? Ou eles são mais fortes do que meu corpo que anda já tão abatido? Este meu corpo ressequido sobre os lençois imploram por piedade. E tu, meu Darcy, és orgulhoso em demasia para oferecer a mim um copo de água sequer.
Não posso me imaginar agindo como ti se te visse nas mesmas condições que estou nesse momento. Eu lhe estenderia a mão. E estaria o tempo todo aqui ao seu lado.
Mas parece que nessa nossa história estamos em personagens trocados. Tu és o Darcy, mas eu, não nasci Lizzy. Sou a Srta. Bennet, a doce e tímida Jane que se cala quanto aos seus sentimentos. A jovem que em silêncio sofre e ainda acalenta o próprio silêncio.
Esta é uma história de contrastes, meu querido. O contraste entre sua riqueza e finesse e a minha vida humilde e rústica. Entre a cultura de teus pensamentos nobres e a superficialidade das dores de meu peito. Entre a paz do seu castelo, e a turbulência de minha mente.



Com dores, minha alma.

--
Depois de assistir "Orgulho e Preconceito"- Jane Austen e ouvindo a trilha sonora do mesmo filme.

19.7.10

True Colors

Eu sabia que eu estava me preocupando demais com você, não é?! Pouco tempo se passou. O meu preenchido de lembranças, em confusões de saudade e costume de pensar em ti. Mas é bom te ver sorrindo assim novamente, querida!
Por certo você já tem agora um alguém menos cheio de complicações, com AMOR para dar e vender. Um amor que eu me recusei a te dar nesse meu mundo de pensar, pensar e ainda assim, errar pensando em acertar.
Mas sou firme. Não acho que eu tenha errado, embora o mundo conspire, muitas vezes, a favor dos sentimentais. Afinal, é tão mais belo e colorido lutar pela felicidade, não é?! Lutar como casais de filmes, livros, novelas... Só que na vida, muitas coisas são em preto e branco, em escala de cinza.
Por um lado sinto-me melhor te vendo assim de braços dados com o pôr-do-Sol. E por outro, confesso, frustro-me ainda mais pela esperança perdida de que você fosse forte. Forte e paciente. Só que esses são realmente dons que nem todo mundo tem. Foi o desapontamento, a continuação dele. Afinal, quem desiste assim tão fácil não combina com mentes sonhadoras.
Então, siga em frente. Apenas, sem nenhum objetivo, sem cobranças a si mesma.

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No final das férias me veio inspiração para escrever alguma coisa como aquelas de antigamente!

12.6.10

E eu sempre achei que era vivo

Devíamos correr descontroladamente pelas ruas e avenidas,
avisando que nada é orgânico.
É tudo programado
em um sistema constantemente reinstalado


Use

Fale
Compre Diga
Seja
Faça SISTEMA


Pense More
Gaste

Leia
Não sr. Sim sr.


Tínhamos que lutar por um objetivo verdadeiro.
Não por uma banda ou pelo utilidade da moda.
Pelo bem do país e por um futuro melhor,
por filhos melhores para o mundo,
com consciência de que os humanos é que estão em perigo,
que são o perigo,
que são uma poeirinha na Terra.

E lá vem eles, reinstalar o sistema.

O dia todo,
todo o consumo,
toda a vida,
toda a brutalidade,
a política
e a falta de organização.
A concorrência
e a incoerência
da liberdade reprimida.



Ps.: Inspiração em Pitty - Admirável Chip Novo

2.5.10

I think, only about me

Eu sei que tenho culpa... Mas também... Ele ficaram zumbindo no meu ouvido que amor tem que ser uma coisa perfeita, enfeitada com flores aromáticas e sem guerras e contendas. Me contaram que ele resiste a chuvas e tempestades, mas não disseram o quão frágil ele poderia ser.
Passei a não acreditar mais nele quando os poetas me disseram que o amor era sonho, utopia e sorrisos mil. Eu já tinha parado de sonhar para simplesmente pensar. Deixei de sentir e me contento agora em apenas raciocinar, utilizar-me deste privilégio humano e ser racional, por vezes até em demasia.
Não quero que penses que eu escolhi criar essa proteção de cristal, que preferi me prender com parafusos que vão espanar se você tentar abrir. Mas saibas que a minha inflexibilidade tende a durar toda a finitude da minha existência. Tão curta existência, eu sei. Curta demais para eu querer brigar por escolhas!
Talvez o tempo, melhor amigo dos cheios de dúvidas, traga-me em algum futuro remoto as respostas de todas as explicações que anseio, as definições que nunca encontrei.
Não posso compreender-te, nem imaginar o que pensas... Só procurar por um momento, nessa ferrovia, onde encontrarei o trem da salvação, que me vai me salvar das minhas angústias.
Eles criaram essa teoria da conspiração e invadiram minha vida medíocre com essas palavras fofas e redondas. E eu, drasticamente as enquadrei numa cela
Pode parecer estranho me ver assim tão introspectiva. Saiba também que o que me consome, boa parte do dia e também das noites de insônia, são essas introspecções. Talvez, algum dia alguém as encontre num papel amarelecido pelo tempo e tire conclusões equivocadas sobre o que um dia fui eu.


11.3.10

Relato de um apaixonado

No mais escuro fogaréu sinto-me com os olhos tapados por mãos que pressionam minhas pálpebras e que esquentam ainda mais. Queimo as solas dos meus pés descalços a procura do caminho que será capaz de me levar ao fim, ao destino predestinado, onde os monstros dos meus pesadelos tateiam o ar e o chão à minha procura, para me devorar e ainda assim continuarem famintos, para tragar com ferocidade as próximas vítimas de um ou outro baseado, uma ou outra picada, uma ou outra morte. E mesmo assim caminho apaixonado, ao som do silêncio do furacão onde colocaram minha cabeça. Fungo profundo e sinto o cheiro agradável da minha própria carne podre, mesmo estando cheirando a talco que mamãe trouxe de Paris. Uau! Vou flutuando nesse vento de levar varal, my brother! Uou! Vou levado pela brisa...

7.3.10

Prenda-me quando quiser


Eu estava parado na porta do teatro ouvindo Ode to Joy, de Beethoven. Só ouvindo.
Mas eles resolveram mostrar serviço. Fui tirado do êxtase e puseram-se a me apalpar. As notas ecoavam na minha mente, como nenhuma outra música teve o poder de me fazer sonhar.
Queria poder entrar no teatro, mas todos fugiriam de mim e da minha aparência, e do meu cheiro, e da minha reputação, e da minha falta de sanidade. Mas eles é que me imaginavam louco. Eu sabia que estava são porque podia pensar e achar o que eu quisesse.
Só que bem naquela hora eu fui arrastado para próximo da linha do trem e fui revistado. Nada encontraram em mim. Até porque eu nada possuía como ainda não possuo. Só o que tenho é a mim mesmo, e a minha consciência.
Talvez eu tenha sido preso por não ter nada e por não fazer nada. Apenas vadiar pelas ruas da cidade bela, com meus semelhantes empoleirados na ferroviária, e na rodoviária, e próximo ao prédio grande da prefeitura.
Pode ser também que eles tenham me prendido porque queriam me ajudar, mas os coitados não sabem como é aqui dentro... Sou obrigado a sentir o cheiro do mofo durante o dia todo, e meus colegas de cela me batem, só porque eu não posso rebater. Só porque não posso vê-los.
Ou então me prenderam porque eu falava, já que eu não preciso de meus olhos inutilizados para falar. Mas se me prenderam por isso, saibam eles que eu ainda posso continuar pensando. Minha mente não possui algemas.

2.3.10

Aquela que esperava por ti

Tu estavas em meu ventre, aquele que eu acariciava a cada dia e ansiava para que logo estivesse liberto de ti, porque só assim eu poderia tocar-lhe diretamente e acalentar-lhe nas noites que estariam por vir.
Eu sempre esperei pelo momento que estaríamos na cama do hospital e eu poderia pegá-lo em meus braços cansados do esforço para que nascesse. Já teria lhe dado um nome e não me importaria com quem mais estivesse em volta de nós. Eu iria abraçar-te e amar-te como já o amava quando estava dentro de mim, e como seria para o resto da vida, faria parte de mim.
Talvez eu é que tenha me precipitado em amá-lo e agora sinto o remorso por não ser capaz de te conter em mim. Fiz-te sofrer, um tanto que não sofrerias durante a vida toda, quando foi despedaçado.
De nada valeram os alentos e carinhos meus. De nada adianta agora eu me culpar, mas assim será para o resto de minha vida, até que possa te encontrar e proferir as palavras que meu coração te disse, usando meu sangue para te alimentar.
Tanto alimento jogando fora, enquanto tu poderia estar aqui, agora, ao meu lado e eu estaria ocupada em agradar-te, não teria tempo nem porquê te direcionar tais palavras.
Meu peito agora sofre, meus seios estavam prontos para receber-te e eu iria posicionar-te em meu colo, e só mais uma parte de mim seria capaz de te saciar.
Agora não tens mais apetite, não podes mais abrir teus olhos cheios de angústia e medo de mim.
Logo de mim, aquela que talvez um dia, tu virias a chamar de mãe. Só que eu não o pude conter em meu berço natural e o expeli, antes que pudesse se formar totalmente.



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Desculpem a ausência mais uma vez... tenho entrado e comentado quando dá.

17.2.10

Outono da Saudade


Rua abaixo descíamos com o vento chicoteando os nossos rostos com nossos cabelos, e espremíamos os olhos para não entrar ciscos. Com sorrisos largos esbanjávamos gargalhadas e os carros passavam ao nosso lado observando o prazer que sentíamos em dividir uma bicicleta.
Parecia um pouco incomum a garota pedalando e o menino apoiado sobre a roda traseira e suas mãos sobre os ombros dela. Enquanto escorregávamos a pressão dos seus dedos aumentavam, e a adrenalina corria solta por nossas veias, em uma louca aventura juvenil!
Naquela cena invertida não nos preocupávamos com freio, viaduto, automóveis ou pedestres. Só pedalávamos à toda velocidade, com uma trilha sonora de rock soando em nossos ouvidos.
Quando alcançamos o fim do viaduto, olhamo-nos nos olhos, com aquela facilidade infantil em ser sincero, e rimos sem saber por quê.
Alguns conhecidos talvez estivessem passando por ali naquele fim de tarde alaranjado de outono quando, segurando cada um de um lado do guidão, subimos a ladeira caminhando lentamente. Lá em cima, as mães esperavam preparando a janta, o banho, as roupas e mais tarde a cama.
Crianças pré-adolescentes, jovens bebês. E hoje somos dois adolescentes ocupados cada um com seu curso de desenho, escola em período integral, curso de línguas aos sábados, encontro com os avós nem tão dispostos assim...
Só que o importante é estar aqui. Não nesse quadrado onde escrevo esse texto, no meu coração, ou mais do que isso, nos nossos cérebros.
E éramos duas crianças de doze anos, ouvindo músicas coloridas, comendo balas dançantes e dançando doces melodias. Em um bailado de bike, video game, pc, iPhones e iPod's.
Derreteu-se nosso tempo, nossa amizade desandou, as ideias criativas saíram da fôrma.

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Ciao! Como estão?
Gente, estou muito feliz com o crescimento do blog que ultimamente tem ganhado bons seguidores!
Peço-lhes que não se limitem só a elogiar e tal. Dê uns toques bacanas, em coisas que eu possa melhorar, porque vocês merecem bons textos!

Obrigada pelas visitas e aos mais antigos aqui, dêem uma olhada nos blogs dos novos seguidores e vice-versa!
Beijo grande!

10.2.10

Racionais e imorais

Já observou como as borboletas voam: Já quis deitar sobre a relva para contar estrelas ou descobrir o formato das nuvens? Pensou na vida antes de dormir? Ouviu as maritacas no fio de eletrecidade e pensou em ser passarinho?
Podemos ser assim ou assado, calmos ou afobados, fortes ou raquíticos, bons leitores ou bons escritores.
Corremos em meio a outros tantos como nós, e desconhecidos por nós. Trabalhamos e estudamos em meio a bilhões de pessoas, em um mesmo mundo de 510 milhões de km². Estamos na Europa, Ásia, África, América e Oceania. Tentamos chegar à outros planetas, alcançamos a Lua, queremos saber de onde viemos, para onde vamos e quem somos. Inventamos a Internet, o computador, o carro movido a álcool, gasolina, energia elétrica... Compomos sonatas, rock's e funk's.
Somos uma única raça em um só planeta. Com uma única certeza: um dia, todos morreremos.
Temos olhos puxados, cabelos loiros ou pretos chapados, olhos verdes, pele negra, bumbum avantajado, comemos sururu, Mc Donald's, sushi, linguiça, Habib's, pizza, sorvete e mortadela de búfala. Amamos, rimos, choramos, sentimos, pensamos, sofremos, aprendemos e vivemos.
Dominamos as demais espécies e crescemos. Querendo ou não, de uma forma ou de outra, juntos.
Mas matamos, estupramos, roubamos, brigamos, atropelamos, batemos e prejudicamos.
E tudo, sem parar para pensar que somos só humanos. Porque no final das contas, somos um átomo na baleia azul e um planeta no Universo.


Versão de 28/01/10

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Desculpem-me se mesmo com as postagens atualizadas eu não estou visitando o blog de vocês... Estou deixando posts progamados, então eu posto sem vir aqui!
Quando tiver mais um tempinho... Dá-lhe comentários!

27.1.10

The fear lonely


Escorre sono dos meus olhos mas eu não temo o perigo, mesmo que esse perigo me perfure o peito e faça-o despedaçar como barro secando ao Sol.

Você continua na minha lista dos favoritos. Aquela repleta de pessoas que eu não converso muito. Continuo e até imaginando que eu talvez não esteja em lista nenhuma. Como aquela que não cheira nem fede, não é assim que diz a sabedoria popular?
Estou numa banda com pratos estridentes batendo em minhas orelhas e meu coração bate firme como um tambor. O instrumento dos mais comuns numa banda marcial e o responsável por marcar.
Meu medo está para trás, pisoteado pelas bailarinas que vão á frente.
Como num passe de mágica você surge ao meu lado, reluzente de olhar confiante. Pega-me pela mão que solta as baquetas. Seguimos em linha reta, em direção ao pôr-do-sol mais belo que já tive o prazer de presenciar. Se eu estivesse pensando, naquele momento, ia imaginar que até o ridículo se faz belo quando temos com quem apreciar!
Borboletas rodeiam-nos. O penhasco não me assusta. Quando me aproximo de você... Sua imagem se dissolve feito açúcar na água. Mais uma miragem em meio aos meus longos devaneios.

Sonhos meus, distantes que estão, derramando sobre a mesa gotas espessas. E eu queria apenas, alguém que percebesse que eu tenho sorrisos diferentes em cada situação.

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Queridos seguidores, há quanto tempo não escrevia aqui?! Hehehe! Se for ver, nem tanto assim, mas o suficiente para me dar saudades desse lugar, que não existe e que ao mesmo tempo pode estar em qualquer lugar do mundo.

Foto: Inês Palma "Trata-se do Pôr-do-Sol no Pólo Norte em que a Lua está no seu ponto mais próximo da Terra" retirada de Giographicae

13.1.10

Cadência magia

Mais uma vez ao ritmo do coração, e aqui estamos nós. O salão é nosso e o público desaparece. Apenas nossos corpos se movimentando de lá pra cá e nossos olhares perfurando um o do outro.
Os solados escorregam levemente pelo chão de madeira encerada enquanto você abotoa meu tronco em seus braços tensos. Lá fora cai a neve, enquanto aqui não precisamos de uma fogueira nem de algo parecido!
A cadência dos nossos corações nos aquece a face e faz enrubecer a pele maciça de suas pernas ágeis.
Cadeiras afastadas, luzes sobre os bailarinos, músicos a postos e instrumentos sendo explorados.
Os fios de cabelo misturam-se ao suor da testa lisa. E dentro deste cérebro nada mais se passa. Concentramo-nos apenas nos movimentos que nos fazem voar baixo pela pista.
Impossível descrever com precisão o que se passa em nossas veias enquanto elas são lavadas pelos membros de um lado ao outro, recheadas de adrenalina recém produzida.
A incapacidade ao escrever mas não em sentir intensamente o quadril se remexendo de lá para cá. Para frente e para trás. Ruflam os tambores e a dança continua.
A platéia, antes boquiaberta toma a pista e juntos levamo-nos ao delírio com tantos sons, movimentos e olhares numa única noite.
Depois de uma tarde de ensaios numa cidade argentina, iluminada por tochas...


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Devo comunicar que quando se trata de escrever sobre coisas intensas demais, prefiro as frases curtas, enquanto descrevo as coisas e partes, às vezes pulando algumas.


Espero que gostem e deixem seus valiosos comentários!

14.12.09

Tomando os pensamentos

A cada passo que dou sinto-me mais longe de ti, andando na direção contrária do que dizem os meus sonhos.
Não posso evitar meus devaneios infelizes que me culpam pelo não feito, por coisas que eu sabia que devia ter feito. Nem preciso parar para pensar, porque já parei somente para aproveitar meu tempo pensando.
Me neguei a dizer, não por orgulho, mas por incapacidade de ser fiel a mim mesmo, mas agora não posso negar o que me passa pela mente. É o peso de uma consciência, do acúmulo de peças de quebra-cabeça mal encaixadas.
Me falta o ar, mas não a covardia. Falta o chão, mas não a vontade. Me falta forças, mas não a culpa.
São castigos merecidos as abstinências que agora sofro. Não tenho braços quentes que me abriguem, não existem colos a minha espera, nem ombros para servirem-me de apoio. Não posso contar com a mesa de um bar porque ainda sou um menor de idade. Meus membros amolecem vagarosamente e meus olhos pesam profundamente. As lágrimas passeiam pela casa das toneladas... Parecem tijolos quebrados que tiram sangue dos meus olhos.
Afogo-me em lembranças que não aconteceram e em projeções mal coloridas, nas minhas andanças pela casa, à procura de distração, mas tudo me remete a ti.
Desculpe por eu ser estúpido dessa forma. Me condene que eu entenderei, por toda a vida vou me lembrar desse episódio de paixão adolescente.

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E dessa vez, depois da descoberta de que não se gosta de alguém, tomo aqui as dores (ou melhor dizendo, os pensamentos) de alguma pessoa muito minha amiga, que já me inspirou em outros post's e agora me faz sentir-me muito mal. Mas eu sei que isso vai passar pra ele(a) e eu também ficarei bem.

Ps.: Inspiração com: Pensa em mim - by Darvin. [na playlist], que aliás, eu devo ter escutado umas dez vezes para escrever isso. ^

10.12.09

A caminho do nada

Quando a luz da alvorada alcançou meus olhos, eu já estava bem longe daí, baby! Quando o pôr-do-sol chegou, a estrada já tinha me tragado completamente e não tive mais tempo de olhar para trás e observar você ladeado pelas suas lágrimas.
Não há um porquê concretizado, mas eu posso lhe dizer agora que é melhor descobrir que não estamos apaixonados do que o contrário. Sem sofrimentos a si mesmo, menos e menores preocupações, mais sonhos coloridos e menos pesadelos.
E ninguém melhor do que meu piano para te dizer isso. Mas não espere ouvir das teclas um "Por favor me perdoe por dizer isso", só quero lhe agradecer por não me deixar gostar demais de ti. Porque já sonhei demais até o momento.


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Olá!!
Finalmente depois de quase dez dias sem atualizar esse blog e sem comentar nos seguidos resolvi aparecer. Talvez esse minipost esteja meio fraquinho, mas prometo caprichar mais da próxima vez e comentar nos blogs de vocês assim que me der disposição suficiente. Deculpem a ausência,
beijos

1.12.09

Eu dou um valor absurdo na vida



A gente se parece tanto, só queremos ser felizes e seguir o que, para nós, tem valor. Porque a vida traz bem mais que alegria, alguém como a nossa amizade. Vamos nos conhecendo e percebendo que nada sabemos.
Não me importo com a caretísse que pode ser isso, nem o quanto piegas são essas palavras, mas essa nossa amizade me faz bem. Me faz rir e por vezes fechar a cara, mas eu não peço um mundo perfeito, nem pessoas perfeitas. Todos nós nos mataríamos por causa do tédio.
Abrace-me e prometa que por mais bobagens que eu lhe diga, será sempre meu diário-vivo. Mais do que um corpo e sim um espírito presente. Não só um olhar distante, mas um vigilar constante. Algo além de mãos que aplaudam e sim que estapeiam para colocar meus pés no chão.
Bata à minha porta e grite quando e quanto sentir vontade. Extrapole os limites de suas cordas vocais - só não prometo deixar meu protetor auricular intocado -. Faça de mim o túmulo de seus pensamentos mais secretos. Me peça para ler seus textos mais absurdos e compartilhe comigo seus sonhos mais engraçados ou os piores pesadelos.
Sinta-se centro dos meus pensamentos, guarde meus segredos, se um dia eu os tiver, conte comigo para explicar matemática e me explique também. Grite comigo e me faça passar vergonha, mas nunca me puxe para um beco e me ofereça algo viciante. Já sou suficientemente viciada em coisas simples. Não me peça para fugir de casa, mas eu aceitarei te acompanhar num piquenique.
Faça críticas construtivas a mim. Corrija meus erros ortográficos, frequente meu blog. Me envie mensagens de madrugada... Mas por favor, não concorde sempre comigo.
Obrigada por me aceitar e às loucuras que carrego nesse saco chamado de cérebro.

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Esse foi escrito pensando nos meus três melhores amigos, que são capazes de me entender mesmo quando nem eu me compreendo muito bem!
Inspirado em "Seis e trinta", do Jota Quest.

13.11.09

A little bit longer

É sempre assim... Depois das lágrimas sempre vêm os sorrisos, depois de reflexões em excesso sempre  vêm as lágrimas, depois de simples fatos sempre vêm as reflexões. E antes dos fatos não há nada, porque a vida é feita apenas de fatos.
Só as coisas que realmente acontecem é que são válidas. Viver sonhando, nas nuvens é perigoso. Quanto mais acima, maior o tombo. Por isso, quando reflito sobre tudo, mesmo sobre os fatos irrelevantes, tenho surtos de melancolia.
Choro sem saber porquê, penso sem ser objetiva sobre algo ou alguém. Por isso sou tão subjetiva, assim, cheia de pensamentos desordenados.
Assustam-se os amigos quando mostro essa outra face. É. Além de cada um poder me julgar ou compreender como quiser, tenho meus dois momentos (ou caras). Face louca comportada versus face sensatamente desordenada. E olhe lá ainda, se não há uma terceira!
Querido (a) amigo (a), não se preocupe com minhas questões. Um pouco mais de tempo e eu ficarei bem. "Sempre fico!"

-

Na verdade acho que vocês são inteligentes o bastante pra entender o que se passa. O que acontece é que ontem tive um surto de choro na escola por pensar demais. Obrigada àqueles que me ajudaram!

Ps.: Alittle bit longer - by Jonas Brothers está na playlist
Ps2.: Essa é minha 100ª postagem... na verdade deveria ser a 101ª, mas eu exclui a primeira que era inútil e aqui está! haha! Mais de um aninho de blog, e finalmente aqui estamos!

12.11.09

Observando o universo

- Somos tão incampazes e desmerecedores, meu bem...
- Você também acha, querida?
- Acho sim querido...
- Está vendo aquela estrela bem grande, ali?
- Sim! É linda... Tem um brilho incomum! Chama tanto a atenção! É meio como você... Só que ela merece estar aqui no "nosso" Universo, não é?!
- É... Talvez você também se pareça com ela. Tem suas próprias vidas, não cumprem nenhum objetivo certo. Não se sabe se quando vão se tornar supernovas ou buracos negros.
- Isso! Mas acho que eu estou me tornando um buraco negro, sabe amor?
- Mesmo? Mas você pode me dizer o porquê?
- Ando muito egoísta. Quero tudo para mim. Criança em fase de "É meu!"
- Não acho querida. Mas você quer mais o que?
- O seus sentimentos reais...
- Está me confundindo...
- Eu te confundo?
- Confesso que com frequência. Raramente consigo entender completamente o que quer dizer. Desculpe.
- Não há do que se desculpar. Eu é que tenho essa mania, lembra-se? Pedir desculpas por tudo e para todos?
- É... Você faz isso!
- Tenho que sair dessa grama úmida e deitar da minha cama, ok?!
- Mas você já vai partir?
- Sim. Desculpe.



-

A partir de agora, comprometo-me a escrever algumas linhas sobre o que, exatamente, eu pensei na hora de escrever o post. Assim vocês me compreendem melhor. Mas dessa vez não tenho nada para apresentar, apenas interpretem como quiser.

26.10.09

Dance

Levante seus braços, baby!Mecha o quadril para cá e para lá. Um pé à frente e outro atrás. Remexa-se. Dançe, pule, cante e sacuda o corpo.
Cada passo de valsa misturado com tango, hip hop, street dance e samba vai te levantar o astral! Não serão apenas as palavras que vão te ajudar. Seja melancólica às vezes, também. Chorar lava a alma.
Ignore os gritos sem sentido e dance. Imite os astros, as estrelas, os pop's. O palco é seu e de ninguém mais. O ser desejado está no camarote, só esperando o espetáculo findar para entrar em cena. Na sua cena.
Só não esqueça, baby, de fechar o chuveiro quando sair do banho!

18.10.09

Adeus, e seja feliz

Quando partimos não eram apenas nossos dedos que estavam, de certa forma, sendo cortados. Nossos corações rapidamente estavam sendo picados miúdos. A cada tentativa de batimento cardíaco, uma facada.
As valsas no terraço, os mergulhos da praia em frente a casa, as histórias do dia-a-dia ao lado da lareira, as taças de vinho na mesa da sala de jantar eram fotos sendo resgadas ao meio.
Não me importaram os protestos em pleno inverno cortante. A neve era fria como as mãos que agora atreviam me tocar. Aqueles seres agourentos eram suaves detalhes que me irritavam.
Minhas cordas vocais teriam que ser de ferro para que eu pudesse gritar bem alto para o mundo escutar:
- Eu te amo e ninguém vai nos separar de verdade!
Mas parece-me que travei naquele instante. Malditos! Se eu fosse de ferro poderia mostrá-lo a força do meu amor interrompido!
Saiba querido, que nenhum homem vai destruir o que nossos anos de protesto pelas ruas de Berlim! Mesmo que estejam protegidos por uma suástica gigante.
Nazistas idiotas!