Delírios à parte - pensamentos soltos

Aquela coisa toda girando ao seu redor. Vagão vai, vagão vem e pessoas entram e saem desesperadamente. Bocejos reais e pastas pesadas. O chumbo preso às costas não é o peso da mochila, e sim o peso de todo um dia-a-dia.

O homem está sentado desleixadamente. As nádegas mais para o meio do acento, as costas no encosto reclinado, o tornozelo direito sobre o joelho esquerdo, cotovelos sobre o apoio da cadeira, mãos cruzadas na barriga com os dedos entrelaçados... O computador está ligado, ninguém sentado na cadeira à frente, e a sensação de que tantos anos como secretário são para poucos seres meio feitos de paciência.

Naquele momento, Sherlock Holmes substituiria o “caro” Watson por mim.

A coisa está indo de mal a pior, os problemas escapando por entre o vão dos dedos. Mas é aí que dá mais vontade de sentar em cima da coisa que já está cagada e, emporcalhar ainda mais.

Sim, meu caro leitor, o sistema é bruto! Brutíssimo! Brutal! E a Física é o que há!

Abra as janelas do barco e reme sentado no terraço. Pesque deitado na rede e faça a cama no convés. Suba no mastro e caia do telhado. Porque afinal, a vida de ninguém, nem ninguém, é normal!

PS.: É... Eu realmente estou precisando fazer meus exercícios de Física.

O cara do segundo pensamento existe. E estava exatamente assim (vi isso um dia antes de escrever).