3.11.11

20 para os 18

Incrível como posso ser julgada como fraca. Incrivelmente triste perceber que eu sou capaz de pensar na hipótese ou realmente me afastar de pessoas que gosto para não vê-las idiotizar e me sentir incapaz de fazê-las perceber isso...

Triste perceber que eu sou incapaz de sacrificar meus ideais de bons e sábios amigos visando a continuidade de um relacionamento de amizade. Antes, me afasto ao ver o quão bestas algumas pessoas se tornam, sem dizê-las o que eu penso sobre seu comportamento.

Pior é ver as pessoas que não só bestializam a si mesmas, mas também influenciam colaborando para mais bestializações ao redor de si, e por eu ainda estar fisicamente perto dessas, sinto a bestialização de mais gente próxima a mim. Mais amigos que são tomados por essa espécie de  vírus contagioso que transforma as pessoas e nos afasta delas sem que elas necessariamente sintam nossa ausência.

São pessoas por quem eu sempre costumei nutrir um afeto belo e construtivo. Pessoas que eu, durante anos achei que poderia contar pro resto da vida. Gente como eu. Normal, ou quase isso. Pessoas com valores iguais ou muito parecidos com os meus, conceitos semelhantes. Mas que se deixaram influenciar por comportamentos fúteis, contagiar por pensamentos infantis.

Não que eu ache completamente ruim a ideia de ser para sempre uma criança. Mas acredito que há diferenças entre "não deixar a criança de dentro de nós morrer" e ser imaturo para sempre. Ser maduro não significa necessariamente ser velho.

Enquanto isso, continuo aqui calada. Fraca o suficiente para me sujeitar aos ideais idiotas de quem um dia eu acreditei que fosse igual a mim, mas forte o suficiente para suportar afastamentos.


Mas talvez seja só uma questão de mudança em MIM e não nos outros. Mudanças que nos últimos meses tenho notado o quão expressivas se tornaram. Mudanças trazidas pela idade. Pelo 18º andar que se aproxima. O tal amadurecimento. Mas isso é uma outra história...


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O blog está de volta ao endereço original. =T

7 comentários:

Anônimo disse...

Em alguns momentos a carapuça serviu, pois isso vou me policiar para não me bestializar e não deixar a criança tomar o controle da situação se não perderei o controle de vez. Chatisse muito boa!!! bjs e continue assim

Jeniffer Yara disse...

Normal sentir isso pelas pessoas, enquanto estamos pelo tal amadurecimento; eu também passei por isso,e ainda passo. Pessoas que eu amo, desviando-se do caminho e se deixando levar por coisas e pessoas fúteis :X

Beijos

Thainá Vivas disse...

NUNCA deixe a criança dentro de vc morrer. NUNCA.

Lais Nogueira Cardoso disse...

Me sinto exatamente assim desde o começo do ano... Parece que algumas pessoas ficam mais e mais imaturas com o passar do tempo, a maioria pessoas que eu gostava. Sei lá, as vezes seja mesmo um problema dessa era a valorização da idiotice ou, como você falou, o problema somos nós... Ser diferente, pensar diferente e, principalmente, não ser fútil faz com que sejamos os chatos, odiados e excluídos (dane-se, como se eu ligasse). Adoro as chatices que escreve, beijo.

Erick Tomazini , disse...

Ja percebeu como os adolescentes usam tantos MAS nos seus textos? Eu passei a notar isso quando um psicologo leu alguns textos meus.
Ele disse que é uma fase de conflito, adversidade, por isso, nada melhor que um MAS, totalmente adversativo para marcar isso.

Suas ideias, frases, palavras ficaram perfeitas, lindo de ler, e que faz pensar.

"Cabeças pensantes numa sociedade tapada são almas raras e devem ser preservadas" - Erick Tomazini

Vou passar a acompanhar e dar alguns feedbeck nos seus textos.

Adorei!

Erick Tomazini , disse...

PS: Consegui me espelhar no texto inteiro, tudo o que passo já há uns 3 anos.

Jerri Dias disse...

Nessa fase da vida é normal que alguns amadureçam mais rapidos que os outros. E na nossa sociedade atual, cada vez mais os jovens tem dificuldades para amadurecer e aí temos pessoas de 30, 40 anos ainda se comportando como adolescentes :-S

Dica: preste mais atenção na ortografia e concordância do texto, pois tem vários pontos onde o texto está confuso, principalmente quanto a concordância.

Beijo.