8.7.10

Camareira

Camareira. Essa é uma profissão misteriosa.
Imagine você que camareiras são pessoas desconhecidas, que entram no quarto que você estiver hospedado (a) no hotel, mexem nas roupas de cama que você usa, nas toalhas que você se seca e sabe se lá o que passa por sua cabeça enquanto arruma as coisas que nós bagunçamos.
Estou pensando isso por estar, nesse exato momento, sobre uma cama que uma dessas mulheres (é... homem são incomuns nessa profissão) arrumou.
Como não poderia deixar de ser, arrumou quando ninguém desta família estava presente.
Fico imaginando agora o quanto da nossa vida ela pode saber.
O par de malas e as três camas com resquícios de gente que dormiu, as toalhas molhadas por secar no banheiro, os petiscos trazidos de casa, as roupas penduradas no guarda-roupa, as bolsas semi-abertas em cima do criado-mudo...
São tantas coisas que podem ser descobertas. E ao mesmo tempo, nada. É como a gaveta de criado-mudo aberta, de Mario Prata. (Procure ler "Minhas Criado-mudo").
A camareira vem, arruma, vai embora. A gente vem, bagunça e vai embora. E mesmo com tantas intimidades expostas, nós provavelmente nunca nos veremos nem saberemos algo concreto. Estranho, não?!

7 comentários:

Jeniffer Yara disse...

Ah sim muito estranho,nunca parei pra pensar nisso,já pensei em outros tipos de situações,rs

A vida é estranha mesmo,as pessoas são também.

Bjs!

Anônimo disse...

Ah, mas certeza você também sabe muita coisa de muita gente que nunca vai ver. A gente presencia situações com pessoas que nunca veremos novamente. E é cada coisa que acontece...

Gostei do fundo, e da reflexão.
beijo

Paula Sabrina * disse...

Viajando?!?! Divirta-se!

Na vdd, já pensei sim nessa relação camareira-hóspede, e é realmente estranho - o quanto ela pode saber e o quanto nós nunca vamos saber sobre quem sabe sobre nós.... Enfim, realmente estranho.

Bjs
Até +

Diego Sodré disse...

Essas reflexões são muito interessantes de se fazer. Principalmente quando se tratam de pessoas que muitas vezes passam despercebidas sobre nossa vista.
Só assim nós deixamos de as imaginar como máquinas e as vemos como pessoas.

O novo primeiro post saiu :)

Layla Barlavento disse...

O pior Joy, é que perdemos o melhor disso tudo, conhecer pessoas. Acho que mesmo assim elas devam saber mais sobre nós do que nós mesmos!

Beijos na alma! (na dos seus pais também!)
Layla Barlavento
culpadowalter.blogspot.com

Alexa disse...

Rs. Bastante interessante. Fiquei pensando como é ser camareira! Intediante, jamais, com certeza!
Beijos!

Ân disse...

Oiê.
É mesmo, né..
Eu também pensei nisso.
E deixei comentário pra ver se vc fica felizinha e diminua as propagandas no twitter. AHuehaue
Bejolas.